Por Gabriele Ribas

A arte de meditar

A meditação… O silenciar, encontrar o seu centro, estar consigo mesmo… Ah, este precioso momento de pausa, de prestar atenção, reconhecer o poder do agora, simplesmente: ser o observador!

A meditação convida-nos a estar plenamente presente, e isso nem sempre é uma tarefa fácil! Quantos pensamentos e sentimentos, sensações e intuições atravessam nosso ser? Como encontrar o nosso tão sonhado equilíbrio interior?

Meditar é estar presente. É uma prática para a vida toda… É uma jornada de transformação pessoal, crescimento e evolução. Este caminho terá seus desafios, suas conquistas, suas superações e aventuras, como em qualquer jornada de autodescobrimento!

Para auxiliar neste processo, gosto de aliar a meditação à escrita terapêutica, visando acompanhar passo por passo, palavra por palavra, a arte de meditar!

A importância do diário e da escrita terapêutica

Escrever diariamente, de forma livre e espontânea inspira a expressão da nossa voz autêntica. A escrita é uma forma criativa de expressar nossos sentimentos, organizar nossos pensamentos, ouvir nossas sensações e conectar com a nossa intuição.

A escrita terapêutica é uma ferramenta de autoconhecimento. Com a escrita, podemos reescrever e resignificar o passado, perceber o momento presente, e planejar o futuro com mais foco, consciência e presença.

O diário é uma forma de fazer o registro de nosso progresso e acompanhar cada passo da jornada. O caderno é como um ombro amigo, para o alívio do desabafo; É um receptivo mestre interior, para conectar com a nossa sabedoria interna.  Escrever é curativo, é tranforma-dor: transforma a dor, em cura!

Como cultivar o diário de meditação? 

Escolha um caderno especial para ser o seu diário de meditação.

Faça as suas práticas regulares de meditação…

Após meditar, inicie a sua prática de escrita livre. Sem preocupação com a ortografia, nem com a gramática.

O convite é simplesmente escrever o que brotar do seu silêncio interior.

Anote a sua experiência meditativa. Como se sentiu? O que observou? Quais facilidades e dificuldades revelaram-se no processo? Simplesmente traduza seus sentimentos e sensações em palavras.

 O diário da meditação oportuniza o registro do seu progresso ao longo desta jornada pela arte de meditar.

Escreva com as suas próprias palavras… coloca a sua alma no papel!

A nossa sabedoria interna se revela de muitas formas: através do silêncio, da meditação, da arte, da escrita… Poder aliar diferentes ferramentas de autoconhecimento potencializa ainda mais o nosso crescimento pessoal.

Para ilustrar, compartilho uma sequência poética que escrevi no meu diário, após meditar por alguns minutos…

Dia 1

A mente, mente?

Ou brinca, de ser semente?

Cria, imagina, vagueia.

Preocupa-se, ocupa-se. Devaneia.

A mente esconde, encontra, enlaça… pensamentos, sentimentos e ideias.

A mente, tagarela.

Pula de galho em galho. Povoa a cabeça, e diz: não me esqueça!

A mente, ressente. Dói, culpa, cansa.

Mas a mente também dança, quando é mente, de criança.

Mente, não minta.

Seja minha amiga. Meu instrumento de felicidade. Para contar novidades. Conhecer novos mundos. E me unir à humanidade.

Mente, eu não sei se você é de verdade. Mas sejamos amigas, seja por amor, ou bondade.

Dia 2

Ponto de equilíbrio

Nem muito para a direita, nem muito para a esquerda.

Nem tão acima, nem tão abaixo.

Nem para frente, nem para trás.

Nem tão dentro, nem tão fora.

No ponto.

No centro.

No meio.

Na origem. No fim.

Na essência.

No silêncio. No vazio. Na plenitude.

Ali mesmo, de onde tudo nasce, cresce e floresce.

No movimento perfeito do aqui e agora.

Esse é o meu ponto de equilíbrio, dinâmico.

Qual é o seu?

Dia 3

Eu tenho um corpo.

Não sou esse corpo.

Eu tenho emoções.

Não sou essas emoções.

Eu tenho pensamentos.

Não sou esses pensamentos.

Eu observo: o corpo, as emoções, os pensamentos.

Eu sou aquela que observa!

Quer saber mais? Confira nesse link o vídeo que compartilho mais inspirações para você criar o seu diário de meditação: https://www.youtube.com/watch?v=SilvZHgAc1c&t=255s

 

Que a prática do diário de meditação motive e inspire a sua vivência meditativa!

Com carinho, Gabi Ribas