Os três tipos de escolhas
– Você toma alguma coisa para ser feliz?
– Sim… decisões!
Em 2017 participei de um retiro sobre Êxito e Realização, com Kaká Werá. Foi uma experiência muito profunda para mim… um dia conto mais sobre o que vivenciei…
Bem… Hoje, gostaria de compartilhar um dos aprendizados que tive: sobre a existência de três tipos de escolhas: conscientes, subconscientes e supraconscientes.
Vou escrever sobre cada uma delas, e você pode observar e refletir sobre as suas próprias escolhas.
Escolhas Subconscientes: Escolhas subconscientes são baseadas no que já é conhecido e estão ligadas ao passado. Geralmente estão relacionadas ao inconsciente coletivo, condicionamentos do passado, ancestralidade familiar e aspectos sociais e culturais.
Por exemplo, vamos imaginar uma jovem diante da escolha do curso no vestibular…
Ela não sabe o que fazer e sua família indica que ela siga a tradição familiar e curse odontologia. Pois bem, esse poderia ser um exemplo de escolha subconsciente, pois levou em conta principalmente o passado. Se foi uma escolha realizadora ou não, depende de vários fatores… Sim.. A jovem pode se descobrir realizada e feliz nessa profissão. Mas também há casos de pessoas que seguem carreiras prescritas pelos pais, e lá na frente vão descobrir que tem outros sonhos.
Quando se escolhe pelos outros ou se repete escolhas do passado, estamos sob domínio subconsciente. Isso não significa que seja uma escolha ruim, simplesmente, ela flui de um domínio do passado, da ancestralidade, do inconsciente coletivo ou do que é comum na sociedade.
A escolha subconsciente vem do piloto automático, não é preciso muito esforço.
É no ritmo da música “Deixa a vida me levar…”
Já as escolhas conscientes e supraconscientes, são mais elaboradas, exigem treino e atenção.
Escolhas Conscientes: Aqui, acendemos a luz da razão e da percepção. Buscamos ampliar nosso entendimento, ver o panorama geral das possibilidades. Na escolha consciente, avaliamos as opções, pesamos prós e contras. Escolhas conscientes tem reflexão, não são impulsivas. Podem apontar caminhos diferentes da cultura e da família.
No exemplo da jovem que precisa escolher seu curso, e a família sugere odontologia… Imagine que ela pesquise mais sobre o curso, faça uma orientação vocacional, e através desse processo de autoconhecimento, percebe sua inclinação para Psicologia. Ela conversa com várias psicólogas, inclusive compra alguns livros de Psicologia e, apesar de não ter nenhum familiar ou amigo nessa área, ela decide avançar conscientemente, por esse caminho.
Escolhas conscientes nos fazem observar, pesquisar, perceber, refletir, pensar e repensar… Escolher conscientemente é ter liberdade e responsabilidade.
Liberdade para escolher trilhar o seu próprio caminho.
Responsabilidade, que é a habilidade de responder pelas suas próprias escolhas.
Escolhas Supraconscientes: Provém dos níveis intuitivos e da inspiração. Geralmente, são escolhas de impactos positivos que promovem o bem comum. Muitas vezes, surgem de uma crise a ser solucionada, ou de um insight. É a escolha intuitiva que aponta para o desconhecido que ainda não tem mapa. É a aventura que se abre para arriscar um novo passo, uma nova dança… uma profunda mudança. A escolha supraconsciente é o reino das grandes aspirações, inovações e inspirações criativas. É a escuta do corpo e da alma… É ouvir o silêncio e decifrar as sincronicidades. Quando escutamos a nossa intuição, ativamos nosso GPS interior, esse é o domínio das escolhas supraconscientes.
Escolhas supraconscientes tem um senso forte de propósito e missão. Qual foi a última vez que você se sentiu inspirado? Como foi?
Podemos alinhar nossas escolhas conscientes, subconscientes e supraconscientes, pois todas fazem parte da nossa experiência de ser humano.
O subconsciente escolhe por necessidade, o consciente por motivação e o supraconsciente, por inspiração.
Não escolher também é uma escolha.
A escolha é um exercício de poder. A arte de fazer perguntas traz luz para as nossas escolhas. Compartilho abaixo algumas questões para refletir sobre as suas escolhas:
O que você leva em conta quando precisa tomar uma decisão?
Quem escolhe na sua vida?
Se você não escolher, quem vai?
Você escolhe para quem?
De onde vem suas escolhas?
O que você realmente precisa?
O que você está escolhendo agora?
Qual é a sua necessidade real?
O que você está sentindo agora?
O que te motiva?
O que te inspira?
O que te comove?
O que te move?
Para finalizar essas reflexões… uma sugestão: Quando estiver com alguma dúvida nesta semana, pergunte-se:
Nessa situação… O que o Amor faria?
O Amor é um belo guia para nossas escolhas…
Que as suas escolhas sejam sábias e amorosas!
Com carinho,
Gabi Ribas